De Valentinos e Michaels... (terça-feira, 2 de agosto de 2005)
Valentino Rossi e Michael Schumacher. Dois dos mais talentosos esportistas de todos os tempos. Verdadeiros mestres na arte da condução em duas e quatro rodas.
Ambos vem liquidando a concorrência nos últimos anos. Michael ganhou 5 títulos consecutivos na Fórmula 1. Fangio, lembre-se, tinha 5 títulos no geral e não consecutivos.
Já Rossi quando não vence chega em segundo lugar. Ambos são líderes incontestes.
As semelhanças são muitas, porém em um aspecto a diferença é abissal. Falo do carisma.
Lembro de Rossi, nas 250cc, levando pessoalmente lanches de frango para a torcida nas arquibancadas. Esta torcida que nunca o abandonou e que sempre invade a pista para abraçar e comemorar com seu ídolo as suas vitórias. E Rossi nunca se esquiva dela, nunca se vêem seguranças querendo afastar o torcedor do esportista.
Já Michael é ídolo na Alemanha e na Itália, por motivos óbvios. Porém nunca se vêem manifestações de torcedores espontâneas como as que se vêem com Valentino.
O que eu mais admiro em Michael é sua capacidade de trabalho. Para mim não há a menor dúvida de que ele é o principal responsável pela construção da Ferrari. Lembro de nos primeiros anos em que ele esteve na escuderia, fazer com que todo o equipamento fosse levado na sexta-feira de Mônaco (quando não há treinos) para uma pista próxima para continuarem a treinar enquanto os outros estavam de folga.
E quando perderam um campeonato por uma junta de alguns centavos, Michael dizia que o importante era aprenderem com um erro destes.
É por isto que se vê a equipe adorá-lo tanto, pois eles sabem da importância do alemão para o time.
Já Rossi tomou em 2003 uma atitude surpreendente. Saiu da Honda, a melhor equipe(marca) da categoria e bandeou-se para a rival Yamaha.
O equipamento da Yamaha era e continua sendo nitidamente inferior ao da Honda. Rossi porém mostrou o seu imenso talento já na primeira prova, vencendo a corrida com uma moto que não parava quieta na pista um instante sequer.
Daí em diante, no decorrer do campeonato o equipamento até melhorou, mas como já disse, ainda é nítida sua inferioridade frente a Honda.
Mesmo assim Rossi continua somando vitórias, já são oito nesta temporada. E o mais interessante de tudo: a torcida não se cansa, a audiência das provas não cai, ninguém se queixa de mesmice.
Está certo que Valentino não é um grande largador e sempre cai algumas posições que ele recupera durante a corrida. Mas o resultado final é quase inevitavelmente a vitória.
O que eu quero dizer com isto? Basicamente, que com resultados muito semelhantes, tem-se reações completamente diferentes do público. Na MotoGp ninguém fala em mudanças drásticas de regras e pontuações para prejudicar Valentino. Mas a audiência e o público nas corridas só aumentam. E não se ouve falar em falta de patrocinadores. Isto se deve muito mais a um fator chamado "carisma". Simples assim, Rossi é muito carismático, Schumacher não.
E quanto a isto não há muito que os poderes possam fazer para mudar.
Então, aqui como em todas as atividades humanas, mais uma vez fica evidente que o ser humano, com seus defeitos e virtudes, suas qualidades e predicados é que faz a diferença no fim. E que o que as pessoas mais apreciam são pessoas.
Valentino Rossi e Michael Schumacher. Dois dos mais talentosos esportistas de todos os tempos. Verdadeiros mestres na arte da condução em duas e quatro rodas.
Ambos vem liquidando a concorrência nos últimos anos. Michael ganhou 5 títulos consecutivos na Fórmula 1. Fangio, lembre-se, tinha 5 títulos no geral e não consecutivos.
Já Rossi quando não vence chega em segundo lugar. Ambos são líderes incontestes.
As semelhanças são muitas, porém em um aspecto a diferença é abissal. Falo do carisma.
Lembro de Rossi, nas 250cc, levando pessoalmente lanches de frango para a torcida nas arquibancadas. Esta torcida que nunca o abandonou e que sempre invade a pista para abraçar e comemorar com seu ídolo as suas vitórias. E Rossi nunca se esquiva dela, nunca se vêem seguranças querendo afastar o torcedor do esportista.
Já Michael é ídolo na Alemanha e na Itália, por motivos óbvios. Porém nunca se vêem manifestações de torcedores espontâneas como as que se vêem com Valentino.
O que eu mais admiro em Michael é sua capacidade de trabalho. Para mim não há a menor dúvida de que ele é o principal responsável pela construção da Ferrari. Lembro de nos primeiros anos em que ele esteve na escuderia, fazer com que todo o equipamento fosse levado na sexta-feira de Mônaco (quando não há treinos) para uma pista próxima para continuarem a treinar enquanto os outros estavam de folga.
E quando perderam um campeonato por uma junta de alguns centavos, Michael dizia que o importante era aprenderem com um erro destes.
É por isto que se vê a equipe adorá-lo tanto, pois eles sabem da importância do alemão para o time.
Já Rossi tomou em 2003 uma atitude surpreendente. Saiu da Honda, a melhor equipe(marca) da categoria e bandeou-se para a rival Yamaha.
O equipamento da Yamaha era e continua sendo nitidamente inferior ao da Honda. Rossi porém mostrou o seu imenso talento já na primeira prova, vencendo a corrida com uma moto que não parava quieta na pista um instante sequer.
Daí em diante, no decorrer do campeonato o equipamento até melhorou, mas como já disse, ainda é nítida sua inferioridade frente a Honda.
Mesmo assim Rossi continua somando vitórias, já são oito nesta temporada. E o mais interessante de tudo: a torcida não se cansa, a audiência das provas não cai, ninguém se queixa de mesmice.
Está certo que Valentino não é um grande largador e sempre cai algumas posições que ele recupera durante a corrida. Mas o resultado final é quase inevitavelmente a vitória.
O que eu quero dizer com isto? Basicamente, que com resultados muito semelhantes, tem-se reações completamente diferentes do público. Na MotoGp ninguém fala em mudanças drásticas de regras e pontuações para prejudicar Valentino. Mas a audiência e o público nas corridas só aumentam. E não se ouve falar em falta de patrocinadores. Isto se deve muito mais a um fator chamado "carisma". Simples assim, Rossi é muito carismático, Schumacher não.
E quanto a isto não há muito que os poderes possam fazer para mudar.
Então, aqui como em todas as atividades humanas, mais uma vez fica evidente que o ser humano, com seus defeitos e virtudes, suas qualidades e predicados é que faz a diferença no fim. E que o que as pessoas mais apreciam são pessoas.
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